Imigração Polonesa
Família imigrantes: Andzej Halerz e Antonia Biernacki- da Polônia em 1885. E Imigrantes e descententes
Família imigrantes: Andzej Halerz e Antonia Biernacki- da Polônia em 1885. E Imigrantes e descententes
Culturartepolonesa
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Imigração Polonesa ao Paraná
A imigração polonesa ao Paraná foi realizada entre o final do século XIX e início do século XX, segundo Stawinski (1976) e Wachowicz (1970), foram desencadeadas por vários fatores. Entretanto, essas questões constituíam-se nas crises sociais, políticas e econômicas dos territórios dominados na Polônia, transformando-se em fatores desencadeantes dos movimentos imigratórios para o Brasil e ao Paraná.
O movimento imigratório ao Paraná foi condicionado às políticas imigratórias e à propaganda das políticas de terras e colonização do governo brasileiro. Após a instituição da Lei nº 601/1850 de terras e pelo Decreto nº 3784, de 19 de janeiro de 1867,o Presidente da Província criou um plano para fundar colônias nos arredores dos centros urbanos, regulamentando as colônias do Estado, como pequenas propriedades (WACHOVICZ, 1976). O governo estimulou a emigração e ofereceu benefícios como, a concessão de contrato de terra (a ser pago em 6 anos), habitação, ferramentas e sementes (WACHOWICZ, 1970 ).
A vinda dos poloneses ao Paraná se realizou em várias fases. A primeira fase teve o apoio do Pe. Antonio Zielinski e de Sebastião Edmund Wós Saporski que ocorreu entre 1869 e 1870 por um grupo de poloneses de Santa Catarina vindos ao Paraná e fundaram a Colônia Pilarzinho. As demais fases também tiveram o apoio de Wós Saporski que atuava como mediador na imigração, segundo Wachowicz (1976). Nos arredores de Curitiba, durante o Governo de Adolfo Lamenha Lins (1875-1878), o projeto de colonização originou várias colônias de imigrantes europeus, poloneses, de acordo com seu objetivo, criar um cinturão verde, com ampliação da agricultura, conforme a tabela 01.
Tabela 01 - Colônias de Imigrantes instituídas no Município de Curitiba – 1876
ARGELINA (Bacacherry) 1869
VENÂNCIO 1870
PILARZINHO 1871
ABRANCHES 1875
SANTA CÂNDIDA 1875
ORLEANS 1875
DOM AUGUSTO 1876
TOMÁZ COELHO 1876
LAMENHA 1876
SANTO INACIO 1876
REVIERE 1876
DOM PEDRO 1876
Fonte: Adaptado de Wachowicz (1976) e do Arquivo Público do Paraná (1876). (Doc. manuscrito).
Na década de 1880, o movimento migratório fluiu de forma lenta, fato que trouxe preocupação ao governo brasileiro e às perspectivas de colonização que não progrediam. Diante do lento movimento migratório e do processo de colonização, a emigração foi estimulada pelas políticas de terras, convênios com as empresas de navegação e contratos com os governos de outros países. A propaganda das políticas de colonização, do governo brasileiro no exterior, atraíam imigrantes ao Brasil. Abriram-se agências, de recrutamento de imigrantes em Portugal, Itália, Áustria, Alemanha, pelos emissários “agentes” que estimulavam a população estrangeira a imigrar ao Brasil. A fase da emigração, entre 1890 até 1914, teve a entrada de maior número de emigrantes vindos da Polônia, chamada de "Febre Brasileira". Os imigrantes de outros grupos étnicos fizeram parte dessa fase. Surgiram muitos problemas aos governos das Províncias, tanto pela falta de acomodações dos imigrantes nas hospedarias e nas colônias, como diante de novos costumes, língua, clima, pobreza, saúde causados pelas epidemias, que levaram inúmeros imigrantes a óbito
Segundo Kawka (1980), de acordo com as estatísticas, a emigração de poloneses ao Brasil no período entre o final do século XIX e início do século XX atingiu um número considerável em torno de 120 mil de poloneses no Brasil e 95% estabeleceram-se no Paraná, nas várias colônias na região de Curitiba e do interior. Em menor quantidade, rumaram para o interior das Províncias (Estados) do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (GOVERNO DO PARANÁ, 1989; FERREIRA, 1996).
Conteúdo extraído da Dissertação de Mestrado. No uso de conteúdos (citações em estudos e pesquisas), favor referenciar os Autores, sob consulta.
Link para Dissertação : Link - CT_PPGTE_M_Sikora, Mafalda Ales_2014.pdf
Referencia
SIKORA, Mafalda Ales. As políticas de imigração no Brasil nos séculos XIX e XX e o desenvolvimento de territórios: Estudo de Caso da Colônia Dom Pedro II - (Campo Largo – Paraná) 2014. 210 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia) – Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014,